STF vai decidir o futuro da aposentadoria por invalidez: No Supremo Tribunal Federal (STF) encontra-se em julgamento três ações que podem mudar pontos centrais da Reforma da Previdência de 2019. São temas que afetam diretamente aposentados, pensionistas e trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público, especialmente aqueles em situação de doença grave ou que trabalham expostos a agentes nocivos.
Vamos explicar este artigo — de forma simples e direta — o que está em discussão e como essas decisões podem impactar a vida de milhões de brasileiros.
1. O que está sendo julgado pelo STF?
O Supremo vai analisar três pontos da Reforma da Previdência (Emenda Constitucional nº 103/2019):
✔️ 1. Cálculo da aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez)
✔️ 2. Mudanças na aposentadoria especial (idade mínima e conversão de tempo)
✔️ 3. Fim da isenção previdenciária para servidores aposentados e pensionistas com doença grave
As ações já contam com votos favoráveis e contrários, e o resultado pode mudar profundamente o sistema previdenciário.
2. Por que o tema é tão importante?
Segundo dados apresentados pela AGU ao Supremo, as regras atuais ajudariam a reduzir um déficit atuarial previsto antes da reforma. Porém, para juristas e entidades de classe, essas mudanças criaram injustiças que afetam sobretudo segurados vulneráveis — como doentes graves, trabalhadores expostos a riscos e aposentados com baixa renda.
Em outras palavras: o STF decidirá entre manter as regras da reforma ou corrigir distorções que prejudicam quem mais precisa.
3. Aposentadoria por incapacidade permanente: o que pode mudar
Hoje, quem se torna permanentemente incapaz após 2019 recebe a aposentadoria calculada assim:
- 60% da média salarial
- +2% por ano que exceder 20 anos (homens) ou 15 anos (mulheres)
- Somente é integral (100%) em casos de acidente de trabalho ou doença ocupacional
Na prática, isso fez com que muitos segurados com doenças graves recebessem menos do que ganhariam se estivessem em auxílio-doença, o que é considerado injusto por especialistas.
O ministro Luís Roberto Barroso já votou pela mudança e foi acompanhado por outros ministros no julgamento anterior. Agora, o processo será reiniciado, mas é provável que a Corte confirme o entendimento de que o redutor é inconstitucional.
Se o STF derrubar o redutor, a aposentadoria por incapacidade poderá voltar a ser integral (100%).
4. Aposentadoria especial: idade mínima e fim da conversão do tempo
A reforma alterou profundamente esse benefício, que é destinado a quem trabalha exposto a agentes nocivos (como ruído, químicos, eletricidade, entre outros).
As principais mudanças foram:
➡️ Criação da idade mínima:
- 55 anos (atividades de alto risco)
- 58 anos (risco médio)
- 60 anos (risco baixo)
➡️ Fim da conversão do tempo especial em comum para períodos trabalhados após 13/11/2019
Isso significa que, se um trabalhador não completar exatamente os 15, 20 ou 25 anos de atividade especial, o tempo simplesmente não vale nada para fins de aposentadoria, como se fosse um trabalho comum — o que especialistas consideram inconstitucional.
O placar atual no STF está empatado:
- 2 votos para manter a reforma
- 2 votos para derrubar as mudanças
O voto que faltar poderá definir o futuro de milhões de segurados.
5. Contribuição previdenciária de servidores aposentados com doença grave
Outro tema sensível envolve servidores públicos aposentados e pensionistas com doenças graves. Antes da reforma, esses segurados tinham isenção de contribuição previdenciária acima do teto do INSS.
Com a reforma, o benefício foi reduzido, fazendo com que muitos aposentados em situação frágil voltassem a contribuir.
O argumento da ação é claro:
é injusto exigir contribuição de quem já está doente e vive com renda reduzida em razão da incapacidade.
O relator é o ministro Edson Fachin, que costuma ter entendimento favorável aos segurados.
6. O que esperar do julgamento?
Essas decisões do STF podem:
- Melhorar o cálculo da aposentadoria por incapacidade
- Reduzir injustiças na aposentadoria especial
- Devolver isenções a servidores aposentados doentes
- Aumentar a proteção previdenciária de milhões de pessoas
Como o impacto é grande — tanto social quanto financeiro — o julgamento é considerado um dos mais importantes desde 2019.
Conclusão: fique atento, pois as decisões podem beneficiar você
As ações tratam de temas que afetam diretamente aposentados, pensionistas e trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público. A depender do resultado, pode haver:
- Readequação de benefícios já concedidos
- Revisões judiciais
- Mudança no planejamento previdenciário para quem ainda não se aposentou
Aqui no blog, continuarei acompanhando todos os desdobramentos e trazendo explicações claras e atualizadas para que você saiba exatamente como essas decisões podem impactar sua vida.
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