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Justiça Garante BPC a Pessoa com Deficiência: Entenda o Que Isso Significa Para Você

Uma vitória importante para quem precisa de amparo social

Uma recente decisão da Justiça em Goiás chamou a atenção de quem acompanha os direitos previdenciários e assistenciais no Brasil. O caso envolveu um homem de 63 anos, sem renda e com problemas de saúde, que buscava garantir seu direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Após análise detalhada do juiz responsável, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi condenado a conceder o benefício no valor de um salário-mínimo por mês, com pagamento retroativo desde o pedido feito em setembro de 2023.

Mas o que essa decisão significa? Quem pode ser beneficiado? E o que ela nos ensina sobre o acesso ao BPC? Acompanhe a leitura!


O que é o BPC?

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um direito previsto na Constituição Federal e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (Lei nº 8.742/1993). Ele garante o pagamento de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência ou ao idoso com 65 anos ou mais, que comprovem não ter condições de se sustentar ou de serem sustentados por suas famílias.

Diferente de outros benefícios do INSS, o BPC não exige contribuição prévia à Previdência Social. Ele é um benefício assistencial, voltado às pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica.


O caso: Quem era o autor da ação?

O autor da ação é um homem chamado Geraldo José de Lima, com 63 anos, morador da comarca de Caiapônia, em Goiás. Ele sofre de várias enfermidades, incluindo problemas intestinais e na coluna, que o impedem de trabalhar. Sem qualquer fonte de renda, ele sobrevive com ajuda de parentes e amigos.

Geraldo buscava inicialmente a aposentadoria por invalidez, mas, após a análise dos documentos e perícias, ficou comprovado que ele tem uma incapacidade parcial e permanente — o que não dá direito à aposentadoria, mas justifica a concessão do BPC.


Como foi a decisão da Justiça?

O juiz analisou uma série de provas, incluindo perícia médica e estudo social realizado na residência de Geraldo. As principais conclusões foram:

  • Incapacidade parcial e permanente: Geraldo tem problemas sérios na coluna (como hérnia de disco e bico de papagaio) que o impedem de exercer atividades laborais comuns.
  • Condição de deficiência: Mesmo com incapacidade parcial, ele foi reconhecido como pessoa com deficiência nos termos da lei, pois enfrenta barreiras que limitam sua participação plena na sociedade.
  • Miserabilidade econômica: O estudo social concluiu que a família vive apenas com o benefício da filha de Geraldo (também assistencial), e a renda por pessoa é de R$ 0,00, abaixo do limite exigido (¼ do salário-mínimo).

Com base nesses dados, o juiz decidiu que o INSS deve:

  1. Pagar um salário-mínimo por mês a título de BPC;
  2. Quitar os valores atrasados desde o pedido feito em 13 de setembro de 2023, em uma única parcela;
  3. Implementar o benefício em até 30 dias, sob pena de multa.

Por que essa decisão é relevante?

Essa sentença traz vários ensinamentos importantes para aposentados, pensionistas e demais pessoas em situação de vulnerabilidade:

1. Incapacidade parcial também pode garantir o BPC

Muita gente acha que é preciso estar completamente incapacitado para conseguir o benefício. Esse caso mostra que mesmo uma incapacidade parcial, quando permanente, pode ser suficiente, desde que impacte a vida da pessoa de forma relevante.

2. Renda familiar baixa é critério essencial

A decisão reforça que a condição de miserabilidade não precisa se basear exclusivamente no critério fixo de ¼ do salário-mínimo. O STF já afirmou que é preciso olhar a situação real da família, com bom senso e sensibilidade social.

3. Benefício assistencial de um membro da família não entra no cálculo

O juiz destacou que o BPC recebido pela filha do autor não pode ser considerado renda familiar. Isso é muito importante, pois muitas famílias deixam de solicitar o benefício por acharem que não se enquadram por esse motivo.


O que fazer se você estiver em situação semelhante?

Se você, ou alguém da sua família, tem uma condição de saúde que dificulta o trabalho e vive em situação de baixa renda, você pode ter direito ao BPC. É importante:

  • Reunir documentos médicos e laudos que comprovem a condição de saúde;
  • Fazer o requerimento administrativo junto ao INSS;
  • Caso o pedido seja negado, buscar apoio jurídico para entrar com ação judicial.

O caso de Geraldo mostra que, mesmo quando o INSS recusa o pedido, a Justiça pode garantir o direito quando os requisitos estão presentes.


Conclusão: Justiça social em ação

Essa decisão judicial é um exemplo claro de como o sistema jurídico pode ser um instrumento de proteção social. O Benefício de Prestação Continuada não é um favor, mas um direito assegurado em lei. Quando o cidadão cumpre os critérios, ele deve ser respeitado — mesmo que isso precise ser reconhecido na Justiça.


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Se você conhece alguém que pode se beneficiar dessas informações, compartilhe este conteúdo! E se ficou com dúvidas sobre o BPC, deixe um comentário abaixo — estamos aqui para ajudar!


ACESSE A DECISÃO AQUI

Palavras-chave: Benefício de Prestação Continuada (BPC), INSS, decisão judicial, assistência social, incapacidade, aposentadoria, Justiça Federal.

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